quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Capítulo 13 ❥

O susto ao acordar foi grande. No sonho eu me via entre Neymar e Gustavo e o meu falecido ameaçava matar-nos senão nos afastarmos. Ele não esta entre nós e mesmo que tivesse, não seria capaz de fazer isso comigo, ele sempre vai me querer feliz, certo? Certo. Olhei no visor do celular e marcava cinco e quarenta da manhã. Ótima hora para se voltar a dormir. [...] Acordei novamente às 9h com a minha mãe me chamando porque a Mariana estava lá embaixo toda eufórica porque disse que a levaria ao show. Levantei quase me arrastando e deixei Neymar dormindo, tomei um banho rápido e quando sai passei hidrante corporal. Coloquei minha roupa, prendi o cabelo num rabo de cavalo e acordei Júnior antes de descer. Minha mãe, minha vó, Rafael e Felipe também estavam ali. Cumprimeitei-os e fui para a parte de fora da casa, onde a Mari se encontrava.
Gabi: bom dia menor - ela se assustou e eu ri, logo em seguida a abracei por uns segundos e logo soltei. - não falei que ia te buscar depois do almoço?
Mariana: você sabe que eu não sei lidar com a ansiedade.
Gabi: pois é, eu sei. Mas já que você veio passar a manhã comigo, não vai se importar de almoçar no meu pai não é mesmo?
Mariana: e perder a cara de merda da Renata quando me ver lá? Com certeza eu não me importo. - rimos.
Gabi: que ótimo, porque eu estou nervosa. Não deveria, mas estou.
Mariana: por que? Você nervosa? Com certeza eu nunca vi isso...
Gabi: hoje é o dia que o meu pai vai conhecer o Júnior e eu ainda vou deixar ele lá sozinho com o meu pai, meus irmãos e a nojenta da Renata. Não sei se é uma boa ideia, você não acha que deveria pedir o carro e levar ele junto?
Mariana: não, aquilo ali iria virar uma bagunça só quando vissem que o jogador ta lá. E falando nisso, cade ele? Ainda não conheci esse aí.
Gabi: a hora que eu desci ele estava indo tomar banho, então vou te adiantar que vai demorar um pouco sendo que ele demora pra se arrumar. - reviro os olhos e ela ri. - é sério, não ri não. Ele é pior do que mulher, pior do que eu, Mariana.
Xx: ele quem? - escutamos a sua voz e sinto meu rosto corar, já a Mariana está se matando de rir.
Gabi: com certeza é você.
Júnior: mas só estamos a três meses juntos e você já está vendo meus defeitos? Meio preceptada não é mesmo? - o sorriso sarcástico em seus labios e o divertimento em seus olhos são completamente encantadores. - você devia estar naquela fase de encantamento em que só existem qualidades, sabia?
Gabi: sei, mas você sabe que eu nunca segui padrões, não sabe? - me aproximei dele e depositei um selinho em seus labios - a propósito, essa destrambelhado aqui que estava falando mal de você comigo é a Mariana, irmã do Jean e eu aturo ela a minha vida inteira
Mariana: primeiro: eu não estava falando mal de ninguém, segundo: você me ama que eu sei, terceiro: prazer, seja bem-vindo e tente não sair correndo da ogra que é a Gabriela
Júnior: ela realmente é uma ogra
Mariana: eu sei, dezesseis anos convivendo com ela, eu tenho que saber
Gabi: senhor, vocês vão ficar falando de mim aqui? Isso mesmo?
Mariana: sim
Júnior: eu não vou não, meu amor - senti os pelos do meu corpo se arrepiarem. Não se iluda, pensei, ele só ta falando isso porque ta na frente da Mariana.
Gabi: vamos logo que meu pai já deve estar esperando
Mariana: vamos andando?
Gabi: sim, os meninos não vai deixar ninguém tumultuar
Júnior: que meninos?
Gabi: uns amigos aí - ele murmurou um "uhum" e a Mariana me olhou com quem me obriga a contar algumas coisas depois. Passei mensagem pro Michel falando que estava saindo e o mesmo me respondeu dizendo que estava ali juntamente de Igor e João Victor. Ótimo. Não era preciso mais nada, reencontrar os dois melhores amigos do Gustavo logo quando estou com meu "novo namorado", realmente, tudo o que eu queria, não é mesmo? Fomos para a casa do meu pai sem muito tumulto como prometido, apesar de que páramos para Neymar tirar fotos com umas ciranças que ali estavam e o que poderia ser um trajeto de cinco minutos, acabou sendo de quinze. Mas não reclamo, o sorriso das crianças ali compensa. Cheguei no meu pai e já fui entrando, ele estava fazendo churrasco. Se encontravam ali os meus irmãos, a minha madrasta, um povo da família da ridícula e meu primo, Rodolpho, que, mesmo sendo da família da minha mãe, mantém uma amizade com meu pai de anos. Comprimentamos todos ali e a todos que pediram fotos eu respondi que não antes mesmo que Neymar pudesse responder. Quero privacidade e não posso confiar em ninguém da família da Renata, vai saber o que eles podem falar. Aliás, isso era pra ser um encontro do Júnior com o meu pai e mais ninguém, não sei nem o que esse bando de oportunista estão fazendo aqui.
Júnior: o que foi? - perguntou obviamente percebendo o meu desconforto
Gabi: meu pai é um idiota, mas deixa isso pra lá, vamos na sala. - me virei para o meu pai - vou ir pra sala, você deveria ir também. - ele assentiu e nos seguiu. Sentamos no sofá e eu comecei a falar antes de qualquer coisa - o que a família da sua mulher está fazendo aqui? Isso era pra ser um encontro em família!
Luís: eles são da minha família, Gabriela
Gabi: da sua, não da minha. A partir do momento em que eu marquei algo com você, você deveria ter a decência de não ter convidado ninguém desse lado da sua família, e se a Renata quem teve a ideia, o problema é dela. Você tinha que ter dito não.
Júnior: calma, ele é seu pai fala direito com ele, também
Luís: obrigada, rapaz
Gabi: meu pai ou não, deveria ter tido o bom senso de não chamar quem eu não gosto
Luís: desculpa, filha. Não vai se repetir.
Gabi: com certeza, não vai. - ele me ignorou e começou a falar com o Neymar
Luís: e aí Neymar, quais são as suas intenções com a minha filha?
Gabi: a pai, me poupe, estamos juntos a três meses e você ta nesse de "quais são as suas intenções com a minha filha?". Pergunta qual a minha intenção com ele, sai do clichê, credo!
Luís: eu já entendi que você ta brava, mas eu ainda sou seu pai, então me respeita.
Gabi: pai é quem cria, e quem me criou foram meu avô e meu tio. - ele abaixou o olhar.
Luís: desculpa ter perdido tanto tempo, desculpa não ter sido um pai pra você e pro seu irmão, mas quando eu tentei me redimir e vim morar perto, você simplesmente se mudou pro Rio de Janeiro.
Gabi: eu não tinha motivos para continuar aqui, você sabe. - me levantei - sabia que tinha sido uma péssima ideia, eu não deveria ter vindo, deveria saber que você chamaria a sua família.

Neymar narrando.

Depois da discussão com pai, a Gabriela se retirou da sala com os olhos marejados - ela fez de tudo para disfarçar, mas eu percebi - e foi se juntar aos irmãos e a Mariana. O pai dela, estava com uma cara não muito boa, ele aparentava tristeza, arrependimento. Eu sempre soube que ela tinha passado por várias coisas ao longo da vida, mas ela nunca me contou nada do que aconteceu. Esse jeito meio marrento é só um jeito de esconder tudo isso. Ouvi o homem a minha frente suspirar e voltei minha atenção à ele.
Luís: desculpa, não queria que presenciasse isso.
Júnior: sem problemas.
Luís: minha relação com a Gabriela não é das melhores, hora estamos bem, hora estamos mal.
Júnior: eu entendo, também tenho desentendimentos com meu pai, apesar de não serem nada comparados a vocês.
Luís: eu acredito, rapaz. Aliás, pode me chamar de Luís. - estendeu a mão e a segurei.
Júnior: apenas Júnior.
Luís: as vezes eu penso em desistir da minha relação com a Gabriela, eu não deveria despejar isso assim em você, mas eu não sei com quem falar, se eu falar com a Renata ela vai dizer pra mim desistir e que nem deveria ter tentado reaproximação, os meninos - principalmente o Rafael - vão dizer que ela está certa - é por isso que ela faz o que faz ne meu filho, tu ta falando que pensa em desistir da relação com a sua filha e quer que ela seja a melhor pessoa do mundo com você?
Júnior: olha, eu sei que ela é bem difícil de lidar na maioria das vezes, mas com vinte e dois anos ou não, ela precisa de um pai e você tem que tentar ser um pra ela, dentro dos olhos dela eu consigo enxergar a dor que ela carrega e não conta pra ninguém, talvez pra Maria Júlia
Luís: eu sei que ela não conta nada pra ninguém, desde a morte do Gustavo ela se fechou para o mundo, eu até pensei que ela não se envolver com ninguém depois dele - do que ele ta falando?????
Júnior: quem é Gustavo?
Luís: ela não te contou né? Desculpa, não queria tocar no assunto... vamos lá pra fora, acho que a Renata já vai servir o almoço - desviou do assunto e se retirou da sala seguido de mim.
Fui pra perto da Gabriela e sussurrei em seu ouvido um "precisamos conversar" e ela assentiu. Nos servimos e começamos a comer, o clima era tenso, pelo menos eu senti isso. Ao terminar de comer, Gabriela foi até o pai que tirou uma chave do bolso e a entregou. Logo depois a mesma, se afastou de todos e fez uma breve ligação.
Gabi: vamos embora
Júnior: já?
Gabi: sim, combinei de levar a Mariana em um show - ela estava apreensiva, talvez se controlando para não surtar
Júnior: de quem?
Gabi: da banda Fly, acho que você conhece o Caique, né? - assenti. Realmente conheço o cara, gente boa, mas foi muito filho da puta com a Jade. - então, ela quer muito ir, então eu fiquei de levar.
Júnior: você gosta muito dessa menina né? - ela sorriu e assentiu
Gabi: eu tenho um carinho por essa menina, eu a vi crescer e faria qualquer coisa pra deixá-la feliz.
Júnior: que amor você - ela deu uma risadinha leve
Gabi: vamos, vou ali chamar a Mari e falar tchau para os meus irmãos e meu primo, já volto - ela foi lá, eu me despedi do pai e da madrasta dela, fui até os irmãos e o primo também e logo saímos. - Ju, você dirige, eu coloco o endereço no gps, mas por favor, não me faz dirigir.
Júnior: certo
Mariana: nossa que carinhoso você, gostei. Continua assim - dei um sorrisinho leve, mas não falei nada.
Gabriela colocou oo endereço no GPS e eu dei a partida. Ela foi o caminho todo em silêncio, seu comportamento era estranhamente bipolar, até a hora que saímos de casa, ela se encontrava radiante e depois da conversa com o pai, ficou completamente distante... Nao que ela já não fosse distante o suficiente, mas estava mais, muito mais e isso me incomoda. Quando perguntei se tinha algo errado, balançou a cabeça negando e continuamos o trajeto em silêncio. Ao observar seu comportamento a vi mexendo no celular e dei sorrisinho. O GPS anunciou nossa chegada ao destino e a Mariana desceu correndo.
Gabriela: vamos entrar por trás, já falei com o Caíque ele avisou que vinhamos. - achei que não ia mais ouvir essa voz - É so virar a direita.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Capítulo 12 ❥

Passei pela porta da "sala escritório" do Michel, encontrando ali umas meninas sentadas ao seu redor que me olharam com nojo, porém meu olhar foi extremamente superior.
Michel: saíam - ordenou e elas se retiram olhando-me de cima a baixo
Gabi: que decadência!
Michel: o que?
Gabi: essas duas aí! - fiz cara de pouco caso e me sentei - E ai, como você tem andado?
Michel: bem... muito bem e você? Não deve estar tão diferente né?
Gabi: eu estou bem, claro que eu poderia estar melhor com o Gus...
Michel: olha Gabriela, você está ótima sem o Gustavo e ele realmente gostaria que você seguisse em frente, já faz cinco anos e você parece a mesma garotinha frágil que saiu daqui pro Rio de Janeiro
Gabi: é porque eu sou aquela garotinha fragil! - alterei o meu tom de voz - 
Michel: fala baixo
Gabi: tanto faz! Acha que foi fácil perder o Gustavo? Acha que foi fácil viver todos esses anos sem ele?
Michel: e pra mim? Foi fácil mandar a porra da dor pra puta que pariu e cuidar das coisas dele? Acha que foi fácil ouvir todo mundo me desejando seus sentimentos e fingir que não me importava? Era o meu irmão, Gabriela! A única família que eu tinha, a minha mãe faleceu, e o meu pai... - deu uma risada sem humor - aquele verme devia queimar no fogo do inferno simplesmente por nos ter colocado no mundo, o desgraçado sumiu no mundo e não veio nem pro velório do próprio filho! A culpa disso é toda dele! - ele praticamente cuspiu essas coisas na minha cara, eu me sentia imunda, egoísta, ele me parecia tão sem sentimento quando pisei nesse lugar que acabei jogando a minha dor em cima do Michel, o mesmo Michel de cinco anos atrás, o que dependia do irmão pra tudo. Ele venerava o Gustavo. - Sabe o pior de tudo? É que o meu irmão sempre me disse que se um dia algo acontecesse com ele era pra mim esquecer qualquer dor e cuidar de tudo, cuidar do bairro, cuidar de mim e claro de você. Mas você resolveu sumir também e a única que me entendia foi embora... ah, pra onde? Rio de Janeiro, você foi pra uma das cidades mais perigosas do Brasil e se te acontece algo lá? Eu ia ficar em dívida com o meu irmão! O meu irmão morto! - as lágrimas caiam e eu só sabia repetir desculpas e mais desculpas... - Para de pedir desculpas! - disse se levantando e vindo pra perto de mim. Me abraçou tão forte que achei que iria me desfazer ali - A culpa não é sua e eu vou me vingar de quem fez isso com ele, com nós. Eu prometo.
Gabi: você não pode fazer isso, e se acontecer algo com você? Depois de cinco anos eu fui te encontrar agora e não quero te deixar sozinho nesse mundo, eu não posso perder mais nenhum Gandeline, Michel.
Michel: você não vai. - engoli em seco e né afastei de seu abraço
Gabi: prometa que se precisar de algo vai me procurar
Michel: não vou precisar da sua ajuda
Gabi: por favor, Michel, eu não quero me afastar
Michel: não é porque não quero sua ajuda que vai se afastar, eu só quero fazer isso sem te colocar em risco, já não basta o que você corre né?
Gabi: do que...
Michel: do que eu to falando? Vai dizer mesmo que não sabe? - riu ironicamente - Eu sei quem atirou no Gustavo e sei também que essa mesma pessoa quer apagar você também, você no Rio ta melhor do que aqui
Gabi: por que você nunca me falou isso antes? Me fala Michel, quem foi?
Michel: não vou falar, pelo menos não agora. Quem sabe um dia. - ele pareceu fitar o nada por um segundo e depois voltou a me encarar - Agora que você voltou a frequentar Piracicaba, vai me avisar sempre que for vir pra cá e eu vou mandar alguém de confiança te escoltar pra todo lugar
Gabi: Neymar vai desconfiar
Michel: não vai andar na sua cola, vão te olhar de longe, ele não vai nem perceber - a ideia de alguém vigiando meus passos 24 horas não me agradava nem um pouco, mas era a minha vida em jogo, isso nunca passou pela minha cabeça. Por que alguém iria querer matar o Gustavo e depois me matar? E o mais importante: quem é essa pessoa? Ela se atreveria a mexer com alguém importante pra mim? Ela trabalha sozinha? É homem ou mulher? -
Gabi: e a minha família? Meus amigos? E você?
Michel: eu sei me cuidar. Vou colocar gente minha olhando cada um deles também, fica em paz.
Gabi: agora é o momento que me promete que se precisar de algo vai me dizer
Michel: se isso te deixa feliz, sim eu te digo. Agora vem, vou te levar em casa - saímos da sala e ele parou antes para falar com alguém ali, fomos pra minha casa em silêncio e em poucos minutos chegamos lá - Você vai seguir a sua vida, você vai parar de pensar no Gustavo pra tudo que for fazer, ele pode ta no inferno a essas horas, mas ele ainda te ama e deseja que você siga sua vida, tem um cara lá dentro e ele não merece meia atenção, ele te merece por inteira
Gabi: você não faz ideia da merda que ta falando
Michel: sei sim, e manda um recado pro jogador, fala que se eu souber que ele te fez chorar eu acabo com ele
Gabi: para com essa ideia de acabar com as pessoas
Michel: tchau, Gabriela.
Gabi: tchau, Michel. - dei um rápido abraço e entrei, minha mãe estava na sala e pela cara viria um turbilhão de perguntas, mas eu não estou afim, não agora. - Mãe, depois a gente conversa, o Neymar está lá em cima?
Giovana: sim... que cara de choro é essa? Aconteceu alguma coisa? Onde você...
Gabi: mãe, nada. Vou subir, até amanhã! - subi correndo pro meu quarto encontrando Júnior deitado rindo pro celular - Você podia ter saído se quisesse, eu falava para os meninos e eles passavam te buscar, ainda da tempo se quiser - me olhou colocando o celular na cama 
Júnior: não tudo bem, a gente fica em casa... você demorou
Gabi: estava resolvendo algumas coisas. Vamos assistir um filme, uma série, não sei
Júnior: ah vamos assistir supernatural, todo mundo fala que é boa
Gabi: mas tem muitas temporadas
Júnior: então, qual?
Gabi: sei lá, põem um filme mesmo
Júnior: qual?
Gabi: qualquer um, menos de terror - ele riu e eu peguei uma roupa no guarda roupa - escolhe um e eu vou tomar banho
Júnior: vai lá medrosa
Michel narrando
Mentir nunca foi tão difícil, dizer que ia me vingar da pessoa que o tirou dela, sendo que em parte sou culpado. Eu queria olhar no fundo de seus olhos e dizer toda a verdade que me corrói à cinco anos. Participar daquele esquema, de todos os outros que já participei, foi o pior. Gabriela me pedia tantas desculpas por se achar egoísta, mal sabe ela que fez o certo. Eu escondo a verdade comigo mesmo sabendo que não podia, eu não posso fazer isso com a pessoa que mais amou o meu irmão, a pessoa que se pudesse feria entrado na frente daquela bala para o salvar. Coisa que eu não fiz. Quando ela descobrir - eu sei que vai, no mundo em que vivemos não existem segredos - espero que me perdoe. Meu telefone tocou, tirando-me de meus pensamentos auto destrutivos. Olhei no visor e logo atendi.
Michel: o que você quer?
Masc: fala direito comigo
Michel: senão você vai fazer o que? - debochei. Não acredito que desafiei logo ele
Masc: não me dasafia...
Michel: vai falar logo o que quer ou não? Tenho coisas mais importantes pra fazer
Masc: já vai atrás da Bianca? Você realmente é muito fraco, tantas coisas pra resolver e você quer ir atrás daquela vagabunda? 
Michel: não coloca ela no meio dos seus problemas comigo! Você nunca se importou com ninguém e eu não tenho culpa! Fala logo
Masc: fiquei sabendo que você esteve com a Gabriela hoje
Michel: seus baba ovo já foram fazer a fofoca?
Masc: você não era assim Michel, tsc, tsc. Eu não quero ter que ir pessoalmente ajudar você a me respeitar novamente. - imagens da última surra que ele me deu. Porra. Esse desgraçado ainda é mais forte que eu.
Michel: desculpa
Masc: o que ela te disse?
Michel: nada, só me perguntou como eu to